Esta história recontada por Ana Maria Machado é uma graça. Estávamos na semana do folclore e queria trabalhar uma lenda indígena com a turma, pois ano passado já havíamos trabalhado as lendas mais conhecidas (saci, mula, Iara...) Li a história do livro, depois lemos uma outra versão da internet, fizemos uma folha de atividades e no final prodizimos uma árvore de araras. É só colocar uma moeda na ponta da cauda das araras que ela fica equilibrada pelo bico ou pela pata, dando esse efeito de ficar pendurada nas árvores.
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Letra cursiva x Letra bastão.
Mas os alunos não vão começar a escrever com a outra letra? É uma pergunta que costumo ouvir sempre. As pessoas se incomodam pelo fato de meus alunos utilizarem letra script maiúscula, letra bastão, de imprensa, enfim, essa letra que não é a tão sonhada letra “de mãos dadas”.
Conforme afirma cagliari (1999, p. 31): “O processo de alfabetização pode ser diferente do método das cartilhas, procurando equilibrar o processo de ensino com o de aprendizagem, apostando na capacidade de todos os alunos para aprender a ler e escrever no primeiro ano escolar e desejando que essa habilidade se desenvolva nas séries seguintes, até chegar ao amadurecimento esperado pela escola”.
A escola, nos últimos anos, foi bastante surpreendida pelas inovações dos campos da ciência e da tecnologia. Com esses avanços, muitas teorias acerca da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo, da leitura, da escrita e da alfabetização foram sendo complementadas, discutidas e reconstruídas necessitando trazer consigo reformulações dos métodos educacionais.
Penso o seguinte: será que além de todas as dificuldades que os alunos já enfrentam no processo de alfabetização, eles têm a necessidade de aprender a ler e escrever a letra cursiva, cuja sua utilização nos tempos atuais encontra-se quase que exclusivamente na escola? Pois não a encontramos em nenhum outro lugar no contexto social? Porque a maioria dos professores continuam trabalhando com a letra cursiva, exigindo esta aprendizagem, muitas vezes como critério de aprovação?
Considerada uma questão bastante complicada e duvidosa, muitos professores não sabem que tipo de letra utilizar para alfabetizar de forma mais eficaz:, bastão ou cursiva?
Como o objetivo da escola deve ser o de preparar cidadãos críticos capaz de transformar a realidade para melhor, a proposta de alfabetização deve naturalmente adequar-se às exigências da realidade atual. Realidade esta, em que a letra bastão esta presente em todos os momentos da vida de uma criança: em livros, televisão, revista, jornais, embalagens, rótulos, no teclado do computador. Ficando a escola como um dos únicos espaços sociais em que privilegia a escrita com letra cursiva. Muitos educadores dedicam parte do seu tempo treinando o alfabeto manuscrito com seus alunos, apesar de viverem num mundo onde a letra de forma é dominante. Desta forma, percebe-se uma grande perda de tempo e esforço por parte dos alunos e professores que tentam insistentemente a grafia da letra cursiva. Tempo este que poderia e deveria ser melhor aproveitado, com atividades desafiadoras com objetivos reais para o crescimento de seus alunos.
Percebe-se então, a dificuldade com que se defrontam estas crianças, que recém aprendendo a ler e escrever depara-se com obstáculos criados e na maioria das vezes impostos pela própria escola, que na maioria das vezes obrigam seus alunos a utilizar a letra cursiva, sendo em muitos casos um inibidor de avanços e aprendizagens, podendo trazer conseqüências bastante sérias e graves, como, por exemplo, o fracasso escolar.
Segundo ferreiro, (apud nova escola, 1996, p. 11) começar a alfabetização com letra bastão é uma tentativa de respeitar a seqüência do desenvolvimento visual e motor da criança.
No entanto, em vez dos professores despenderem a energia de seus alunos no aprendizado da letra cursiva, poderia utilizá-la para outras atividades mais importantes e necessárias para a vida dos alunos, como por exemplo: leituras, jogos, brincadeiras, músicas, etc. convictas de que as classes de alfabetização são a base para a vida escolar do aluno. Assim, esta deve ser uma etapa encantadora e estimulante para que a criança siga com entusiasmo sua vida escolar com motivação e determinação.
Utilizar a letra bastão não deve ser apenas uma opção para facilitar a vida do professor, que não terá "trabalho " para ensinar a sua caligrafia. O uso da letra bastão está imbuído de uma filosofia que acredito: que devemos começar a ensinar pelo que está mais vivo no mundo da criança e não pelo que nos é cobrado pela sociedade. Temos sempre que pensar no que é melhor para nosso aluno e não para os pais ou coordenador pedagógico. Para isso o professor deve estudar e cercar-se de respostas, pois sem dúvida alguém irá questioná-lo quanto ao uso da letra bastão.
Ressalto também que a forma da letra de cada um é determinada muitas vezes pela genética, os filhos tendem a ter os mesmos traços que os pais ou avós, logo, nada adiantará páginas e páginas de caligrafia se a criança tiver melhor aptidão para escrever com letra bastão. Isto só o tempo dirá.
Devemos sempre pensar em qual é nosso real objetivo: formar leitores ou calígrafos?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=541
ADRIANA, Vera e Silva. Bastão X Cursiva, os prós e os contras de cada letra na alfabetização. São Paulo: Ed. Abril, n. 99, XI, p. 8-16, dez 1996.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o ba, be, bi, bo, bu. Pensamento e ação no magistério. São Paulo: Editora Scipione, 1999.
Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF.1997
Revista Nova escola: Entrevista realizada com Emilia Ferreiro: 1996. p. 11
Conforme afirma cagliari (1999, p. 31): “O processo de alfabetização pode ser diferente do método das cartilhas, procurando equilibrar o processo de ensino com o de aprendizagem, apostando na capacidade de todos os alunos para aprender a ler e escrever no primeiro ano escolar e desejando que essa habilidade se desenvolva nas séries seguintes, até chegar ao amadurecimento esperado pela escola”.
A escola, nos últimos anos, foi bastante surpreendida pelas inovações dos campos da ciência e da tecnologia. Com esses avanços, muitas teorias acerca da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo, da leitura, da escrita e da alfabetização foram sendo complementadas, discutidas e reconstruídas necessitando trazer consigo reformulações dos métodos educacionais.
Penso o seguinte: será que além de todas as dificuldades que os alunos já enfrentam no processo de alfabetização, eles têm a necessidade de aprender a ler e escrever a letra cursiva, cuja sua utilização nos tempos atuais encontra-se quase que exclusivamente na escola? Pois não a encontramos em nenhum outro lugar no contexto social? Porque a maioria dos professores continuam trabalhando com a letra cursiva, exigindo esta aprendizagem, muitas vezes como critério de aprovação?
Considerada uma questão bastante complicada e duvidosa, muitos professores não sabem que tipo de letra utilizar para alfabetizar de forma mais eficaz:, bastão ou cursiva?
Como o objetivo da escola deve ser o de preparar cidadãos críticos capaz de transformar a realidade para melhor, a proposta de alfabetização deve naturalmente adequar-se às exigências da realidade atual. Realidade esta, em que a letra bastão esta presente em todos os momentos da vida de uma criança: em livros, televisão, revista, jornais, embalagens, rótulos, no teclado do computador. Ficando a escola como um dos únicos espaços sociais em que privilegia a escrita com letra cursiva. Muitos educadores dedicam parte do seu tempo treinando o alfabeto manuscrito com seus alunos, apesar de viverem num mundo onde a letra de forma é dominante. Desta forma, percebe-se uma grande perda de tempo e esforço por parte dos alunos e professores que tentam insistentemente a grafia da letra cursiva. Tempo este que poderia e deveria ser melhor aproveitado, com atividades desafiadoras com objetivos reais para o crescimento de seus alunos.
Percebe-se então, a dificuldade com que se defrontam estas crianças, que recém aprendendo a ler e escrever depara-se com obstáculos criados e na maioria das vezes impostos pela própria escola, que na maioria das vezes obrigam seus alunos a utilizar a letra cursiva, sendo em muitos casos um inibidor de avanços e aprendizagens, podendo trazer conseqüências bastante sérias e graves, como, por exemplo, o fracasso escolar.
Segundo ferreiro, (apud nova escola, 1996, p. 11) começar a alfabetização com letra bastão é uma tentativa de respeitar a seqüência do desenvolvimento visual e motor da criança.
No entanto, em vez dos professores despenderem a energia de seus alunos no aprendizado da letra cursiva, poderia utilizá-la para outras atividades mais importantes e necessárias para a vida dos alunos, como por exemplo: leituras, jogos, brincadeiras, músicas, etc. convictas de que as classes de alfabetização são a base para a vida escolar do aluno. Assim, esta deve ser uma etapa encantadora e estimulante para que a criança siga com entusiasmo sua vida escolar com motivação e determinação.
Utilizar a letra bastão não deve ser apenas uma opção para facilitar a vida do professor, que não terá "trabalho " para ensinar a sua caligrafia. O uso da letra bastão está imbuído de uma filosofia que acredito: que devemos começar a ensinar pelo que está mais vivo no mundo da criança e não pelo que nos é cobrado pela sociedade. Temos sempre que pensar no que é melhor para nosso aluno e não para os pais ou coordenador pedagógico. Para isso o professor deve estudar e cercar-se de respostas, pois sem dúvida alguém irá questioná-lo quanto ao uso da letra bastão.
Ressalto também que a forma da letra de cada um é determinada muitas vezes pela genética, os filhos tendem a ter os mesmos traços que os pais ou avós, logo, nada adiantará páginas e páginas de caligrafia se a criança tiver melhor aptidão para escrever com letra bastão. Isto só o tempo dirá.
Devemos sempre pensar em qual é nosso real objetivo: formar leitores ou calígrafos?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=541
ADRIANA, Vera e Silva. Bastão X Cursiva, os prós e os contras de cada letra na alfabetização. São Paulo: Ed. Abril, n. 99, XI, p. 8-16, dez 1996.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o ba, be, bi, bo, bu. Pensamento e ação no magistério. São Paulo: Editora Scipione, 1999.
Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF.1997
Revista Nova escola: Entrevista realizada com Emilia Ferreiro: 1996. p. 11
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Projeto Meio ambiente, turma de primeiro ano.
Esse projeto foi muito bacana. Os alunos se mobilizaram, trouxeram bastante material e fizeram os brinquedos sozinhos. Aprenderam na prática o conceito de reciclagem e reaproveitamento de materiais. Eu ajudei a furar e cortar as peças mais difíceis. Eles pintaram , colaram e enfeitaram os brinquedos. Além de trabalharmos a arte e criatividade , aproveitamos e montamos uma lista de brinquedos e materiais, observando as letras iniciais e finais, auxiliando no processo de alfabetização.
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